Você já foi alçado à posição de liderança? Ainda não? Mas você quer muito isso, não é?
E se a posição de liderança caiu no seu colo? O que fazer?
Vou dizer a você uma coisa que aprendi somente depois de ter passado por alguns cargos de liderança na minha vida: quando conquistamos essa posição, temos 90 dias para mostrar porque estamos lá!
Isso está reforçado pelo especialista em transição de liderança Michael Watkins no livro “Os Primeiros 90 Dias” (Editora Bookman).
Trago aqui alguns aspectos relacionados por Watkins para que você obtenha sucesso em seu novo desafio. Mas lembre-se sempre dos 90 dias! É o tempo necessário para criar impulso e garantir que os períodos seguintes serão fundamentados para o sucesso no longo prazo.
Fazer a própria promoção – O novo líder deve preparar-se mentalmente para transferir-se ao novo cargo, romper com o passado. Os sucessos anteriores não irão lhe garantir sucesso na nova etapa.
Acelerar o aprendizado – É preciso ascender rapidamente na curva de aprendizado na nova organização, ou novo cargo (é muita coisa a aprender: mercados, produtos, tecnologias, sistemas e estruturas, cultura e políticas). Absorva tais informações de forma organizada, preferencialmente orientada, criando ciclo virtuoso de coleta, análise, hipóteses e testagem das informações.
Ajustar a estratégia à situação – É como tirar um raio x da situação que a posição obriga ao novo líder e definir se a estratégia está alinhada a essas possibilidades. Não dá pra exigir “recorde mundial de salto em altura para uma atleta de 70 anos”, ou seja, o líder anterior pode ter “vendido” à alta gestão uma situação impraticável. Cabe ao novo líder uma clara exposição sobre as reais possibilidades. Isso o fará ganhar credibilidade!
Garantir ganhos iniciais – Nos primeiros 90 dias é indispensável identificar maneiras de criar valor, aperfeiçoar os resultados de negócio e chegar ao ponto de equilíbrio mais rapidamente. Isso dará maior credibilidade pessoal ao novo líder e um sentido de que coisas boas estão acontecendo.
Negociar o sucesso – É preciso planejar adequadamente a consolidação de uma relação de trabalho com o novo empregador e gerenciar e concretizar as expectativas deste (diálogo com o líder no novo líder). Em outras palavras, ter conversações cruciais sobre a situação, as expectativas, estilo, recursos e o desenvolvimento do novo líder.
Montar a equipe – Ao herdar uma equipe, o novo líder deve fazer avaliação de todos os seus integrantes e talvez até reestruturá-la (quem irá ficar, quem deve ser substituído) a fim de que tenha condições de suprir a demanda da situação. Metas, incentivos e mensuração de desempenho serão ações extremamente necessárias para o atingimento dos objetivos desejados. Incentivar o trabalho em equipe é fundamental ao novo líder (jamais ele deve tentar fazer tudo sozinho)! É como “consertar o avião em voo, sem derrubá-lo”...
Criar coalizões – É a capacidade do líder em influenciar pessoas que não estejam sob sua linha de controle (tanto internas como externas). O líder deve imediatamente identificar todos aqueles cujo apoio considerar essencial para seu sucesso e elaborar maneiras de alinhá-los com as suas posições.
Manter o equilíbrio – O novo líder precisa trabalhar duramente para manter o equilíbrio e preservar a capacidade de fazer bons julgamentos. Os riscos de perder a perspectiva, ficar isolado e fazer apostas erradas são fatais nessa fase. Uma boa rede de assessoria e aconselhamento é indispensável nessa etapa.
Acelerar a todos – É o novo líder “azeitando” toda a engrenagem da empresa, tanto para assessores imediatos, quanto chefes e colegas. É o instinto de não somente prevenir o fracasso, mas de acumular ganhos potencialmente em massa das capacidades de todos. Quanto mais pessoas estiverem instaladas em sua capacidade total, mais aceleradamente a organização fará movimentos adequados para conquistar fatias de mercado, reduzir custos e lançar um maior número de produtos.
Desejo-lhe muito sucesso em seu novo cargo de liderança. Tenho certeza que com os aspectos relacionados acima você encurtará significativamente em muito tempo o “ponto de equilíbrio”, que é o ponto em que a empresa precisa de você tanto quanto você precisa dela.
Dill Casella
Fonte: Dill Casella
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Dill Casella é autor do livro “Atitude e Altitude” pela Editora Vozes, de dezenas de artigos publicados em mídia impressa e digital e um dos palestrantes mais criativos e contratados atualmente no Brasil!