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Você sabia que existe uma linguagem que vende muito mais?



Há mais ou menos um ano, a
Infraero fez uma reformulação sonora em seus avisos.


O objetivo? Tornar a comunicação mais informal, impessoal, leve....


Não se trata de esconder a realidade, mas de ser mais confortável aos ouvidos
dos passageiros.


Foram “esquecidos” alguns termos; outros foram substituídos. Repare em seus
próximos voos que frases com “não”, “proibido”, “risco”, “acidente” foram
eliminadas. No lugar, foram incorporadas “sim”, “boa viagem” e “tranqüilo”.


Você não ouvirá mais “senhores pais ou responsáveis” ou “Infraero informa”. No
lugar, entra o simples e acolhedor “olá, passageiro”. Ficou muito mais
agradável, não acha?


O tom negativo, ressaltando o que queriam que as pessoas não fizessem nos
aeroportos foi deixado de lado. Como já dizia Nuno Cobra, “o cérebro é burro”
ou melhor, ele é sensível a manobras e vulnerável a qualquer tipo de
interferência externa (sociedade, família, cultura, educação, etc.).


Em vendas, atendimento ao cliente, etc. podemos e devemos abusar do que
eu chamo de “linguagem de acolhimento cerebral”. São situações que
usamos alguns recursos para amenizar o subconsciente pré programado pelo
interlocutor a dizer não.


Não há nada de desonesto, de subversivo, de “propineiro” nesse “drible
cerebral”...

A intenção é a comunicação ficar mais amigável, menos carregada!


Por exemplo, os termos preço ou custo poderão facilmente ser
substituídos por investimento. Ah, quem não quer investir ao invés de
pagar? Soa leve, vibrante como uma vitória!


Outro exemplo é o termo contrato. Troque-o por “o acordo” ou “os
papéis”
. A frase “vamos assinar o contrato?” pode muito bem ser
substituída por “vamos ao acordo?” ou simplesmente, “vamos dar OK?”.
Sim no alto dos papéis está escrito CONTRATO, mas o cérebro simplifica e
relaciona aquele termo com o que foi dito antes: papéis...


Na mesma linha, a grande maioria das negociações envolve a entrada e as prestações.
Então vamos substituí-las por “investimento inicial” e “investimento
mensal”
! É investimento!! Investimento soma e jamais subtrai!!


Portanto, comprar pode ser alterado para “possuir” ou “adquirir”
e vender fica muito mais leve quanto interpretamos o fato como “facilitar a
aquisição”
ou mesmo “realizar um sonho” para o cliente.


Notem como tudo isso soa como uma repaginação das negociações e daquele
friozinho na barriga que às vezes temos ao embarcar num aeroporto. Nada mais é
que eliminar o “clima carrancudo” que nada acrescenta nesses momentos.


Coloque em prática! Depois me diga o que achou! Boa viagem! Boas vendas!


Fonte: Dill Casella
Autor: Dill Casella
Site: www.dill.com.br
Email: contato@dill.com.br

Dill Casella é autor do livro “Atitude e Altitude” pela Editora Vozes, de dezenas de artigos publicados em mídia impressa e digital e um dos palestrantes mais criativos e contratados atualmente no Brasil!


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